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Jerusalém - Vista do Monte Scopus |
Yerushalayim é a capital de nosso Estado, onde o centro administrativo se confunde com o religioso. A menção mais antiga que se faz a cidade conta sobre o encontro entre Abraão e Melquisedeque, rei e sacerdote de Salém, chamada pelos jebuseus de Urussalahim, que mais tarde passaria a se chamar Jerusalém. Está situada no centro geográfico de Israel, próxima ao ermo árido de Judá, relativamente longe das principais rotas comerciais do país. Não obstante, há duas rotas secundárias que abastecem a cidade cortando Israel ao meio tanto no sentido norte-sul ao longo do planalto que liga as cidades de Dotã, Siquem, Betel, Belém, Hébron e Berseba; como também cortam ao meio no sentido leste-oeste desde Rabá (que chamam Amman) seguindo pelo Vale das Torrentes até a bacia do Jordão para então subir pelas íngremes encostas de Judá e descer serpenteando pelo ocidente até a cidade portuária de Jope, na costa do Mediterrâneo.
Jerusalém fica a 55 km do mar Mediterrâneo e a 24 km a oeste do extremo norte do Mar Morto. Apesar da proximidade da área mais erma e árida de Judá, sua localização a cerca de 750 metros acima do nível do mar lhe garante uma temperatura média de 17º, um clima agradável, com noites frescas a maior parte do ano, e épocas de chuvas concentradas entre os meses de Chesvã e Nisã (Ver nosso Calendário). Jerusalém se orgulha de ser a capital mais elevada de nosso tempo (Leia a Contextualização). Mas, apesar de sua altitude a cidade não se sobressai ao conjunto de picos que a circundam de modo que um viajante só a vislumbra totalmente quando está bem próximo da cidade. O monte das Oliveiras que fica ao leste, por exemplo, se ergue a 800 metros, enquanto ao norte temos o Ras el Mushraf (o monte Scopus) com 820 metros e as colinas circundantes ao sul e ao oeste ascendem a até 835 metros. Isso nos dá uma ideia em relação á situação do monte do Templo que tem cerca de 740 metros de altura.
Embora a situação relativamente mais baixa em comparação aos montes do entorno pareça lhe dar uma desvantagem estratégica, a cidade é cercada em três de seus lados por vales ladeados por paredões íngremes a saber: o profundo Vale do Cédron ao leste, que separa a cidade do monte das Oliveiras, e o Vale de Hinom (a Geena) que se estende do sul e ao oeste. Um vale central mais alto (que os gentios chamam Tiropeom) corta o planalto da cidade em dois, o ocidental e o oriental com mais dois vales menores dividindo estes dois contrafortes, formando assim os 4 pilares naturais de suas muralhas. Todos estes detalhes acabam por tornar ainda mais valorosa a tomada de Urussalahim aos jebuseus por Joabe durante o governo de Davi, segundo contam os relatos antigos.
Quem foi a Jerusalém e não visitou o Templo pode dizer que nunca esteve na cidade. Tendo sido construído durante o reinado de Salomão já teve de ser reconstruído duas vezes em razão de ter sido arrasado nas duas invasões que a cidade sofreu. A construção mais recente às mãos de Herodes Magno usou os alicerces do Templo de Zorobabel ganhou contornos arrojados, mais modernos bem ao gosto da arquitetura contemporânea das principais cidades entre as nações. Apesar de conservar as características dos Templos descritos pelos nossos livros de história, o Templo de Herodes inovou em diversos detalhes como a pavimentação em granito do pátio dos gentios. Além disso Herodes quase que dobrou a área total do Templo, incluindo seus pátios externos, estendendo-os até os limites do Monte Moriá, nivelando uma área do Templo ao topo do Monte. Tão imponente que parte de suas obras encontram-se inacabadas até hoje, quase vinte anos depois de seu início.
Herodes enfrentou séria oposição contra sua vontade manifesta de reconstruir o Templo por parte dos segmentos mais ortodoxos da religião. Nunca é demais lembrar que Herodes Magno não era judeu por nascimento, onde muitos o acusavam de ter se convertido ao judaísmo por uma questão de conveniência política e que, portanto, o Templo já nasceria profanado, segundo o raciocínio de alguns. Herodes precisou de muita habilidade política para que aceitassem sua determinação e isso só foi possível sob a condição de que ele apresentasse uma prestação de contas garantindo que ele já teria todos os recursos necessário à reconstrução. Pelo visto temiam que ele abandonasse a obra pela metade de modo que não teríamos mais nem o Templo, nem o espaço necessário à construção. O fato é que ele tomou a peito a obra de reconstrução e, embora ainda não esteja pronto até os nossos dias, não se pode negar que se trate da maior obra arquitetônica de nosso século.
Embora a situação relativamente mais baixa em comparação aos montes do entorno pareça lhe dar uma desvantagem estratégica, a cidade é cercada em três de seus lados por vales ladeados por paredões íngremes a saber: o profundo Vale do Cédron ao leste, que separa a cidade do monte das Oliveiras, e o Vale de Hinom (a Geena) que se estende do sul e ao oeste. Um vale central mais alto (que os gentios chamam Tiropeom) corta o planalto da cidade em dois, o ocidental e o oriental com mais dois vales menores dividindo estes dois contrafortes, formando assim os 4 pilares naturais de suas muralhas. Todos estes detalhes acabam por tornar ainda mais valorosa a tomada de Urussalahim aos jebuseus por Joabe durante o governo de Davi, segundo contam os relatos antigos.
O Templo de Jerusalém
Herodes enfrentou séria oposição contra sua vontade manifesta de reconstruir o Templo por parte dos segmentos mais ortodoxos da religião. Nunca é demais lembrar que Herodes Magno não era judeu por nascimento, onde muitos o acusavam de ter se convertido ao judaísmo por uma questão de conveniência política e que, portanto, o Templo já nasceria profanado, segundo o raciocínio de alguns. Herodes precisou de muita habilidade política para que aceitassem sua determinação e isso só foi possível sob a condição de que ele apresentasse uma prestação de contas garantindo que ele já teria todos os recursos necessário à reconstrução. Pelo visto temiam que ele abandonasse a obra pela metade de modo que não teríamos mais nem o Templo, nem o espaço necessário à construção. O fato é que ele tomou a peito a obra de reconstrução e, embora ainda não esteja pronto até os nossos dias, não se pode negar que se trate da maior obra arquitetônica de nosso século.
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